Amor (2012)
País: Austria, 127 minutos
Título Original: Amour
Diretor(s): Michael Haneke
Gênero(s): Drama, Romance
Legendas: Português,Inglês, Espanhol
Tipo de Mídia: Cópia Digital
Tela: 16:9 Widescreen
Resolução: 1280 x 720, 1920 x 1080
DOWNLOAD DO FILME E LEGENDA
PRÊMIOS
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira
Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
Prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira (Michael Haneke, Margaret Ménégoz )
Prêmio de Melhor Atriz (Emmanuelle Riva)
Prêmios Bodil - Copenhague, Dinamarca
Bodil de Melhor Filme Não Americano (Michael Haneke)
Festival Internacional de Cannes, França
Prêmio Palma de Ouro (Michael Haneke)
Prêmios César - Academia das Artes do Cinema, França
César de Melhor Filme (Michael Haneke)
César de Melhor Direção (Michael Haneke)
César de Melhor Atriz (Emmanuelle Riva)
César de Melhor Ator (Jean-Louis Trintignant)
César de Melhor Roteiro Original (Michael Haneke )
Academia do Cinema Europeu
Prêmio de Melhor Filme (Michael Haneke)
Prêmio de Melhor Atriz (Emmanuelle Riva)
Prêmio de Melhor Direção (Michael Haneke)
Prêmio de Melhor Ator (Jean-Louis Trintignant)
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira
Círculo de Críticos de Cinema de Londres, Inglaterra
Prêmio Filme do Ano
Prêmio Filme em Língua Estrangeira do Ano
Prêmio Roteirista do Ano (Michael Haneke )
Prêmio Atriz do Ano (Emmanuelle Riva)
Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles, EUA
Prêmio de Melhor Atriz (Emmanuelle Riva)
Prêmio de Melhor Filme
Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York, EUA
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro
Festival Robert de Copenhague, Dinamarca
Robert de Melhor Filme Não Americano (Michael Haneke)
Prêmios do Cinema da Baviera, Munique, Alemanha
Prêmio de Melhor Direção (Michael Haneke)
Sociedade dos Críticos de Cinema de Boston
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro
Prêmio de Melhor Atriz (Emmanuelle Riva)
Associação dos Críticos de Cinema de Chicago
Prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira
Prêmios David di Donatello, Itália
David de Melhor Filme da União Européia (Michael Haneke)
Sociedade dos Críticos de Cinema de Denver, Colorado, EUA
Prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira
Círculo dos Críticos de Cinema de Dublin, Irlanda
Prêmio de Melhor Direção (Michael Haneke)
Prêmio de Melhor Atriz (Emmanuelle Riva)
Prêmios Gaudi, Barcelona, Espanha
Prêmio Gaudi de Melhor Filme Europeu (Michael Haneke)
Associação dos Críticos de Cinema da Georgia, EUA
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro
Prêmios Gopos, Romênia
Prêmio Gopos de Melhor Filme Europeu
Prêmios Goya - Academia Espanhola, Espanha
Goya de Melhor Filme Europeu (Michael Haneke)
Prêmios Guldbagge, Suécia
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro (Michael Haneke)
Prêmios dos Críticos de Cinema de Iowa, USA
Prêmio de Melhor Filme
Círculo dos Críticos de Cinema de Kansas City, USA
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro
Sociedade dos Críticos de Cinema de Las Vegas
Prêmio Sierra de Melhor Filme Estrangeiro
Prêmios Lumière, França
Prêmio Lumière de Melhor Filme
Prêmio Lumière de Melhor Atriz (Emmanuelle Riva)
Prêmio Lumière de Melhor Ator (Jean-Louis Trintignant)
Sociedade Nacional dos Críticos de Cinema dos Estados Unidos
Prêmio de Melhor Filme
Prêmio de Melhor Diretor (Michael Haneke)
Prêmio de Melhor Atriz (Emmanuelle Riva)
Círculo dos Críticos de Cinema de Oklahoma, USA
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro
Prêmios do Cinema Polonês, Varsóvia, Polônia
Prêmio de Melhor Filme Europeu (Michael Haneke)
Festival de Cinema do SESC, Brasil
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro (Michael Haneke)
Prêmio de Melhor Atriz Estrangeira (Emmanuelle Riva)
Associação de Críticos de Cinema de San Francisco
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro
Prêmio de Melhor Atriz (Emmanuelle Riva)
Festival do Cinema Europeu de Sevilha, Espanha
Prêmio do Público (Michael Haneke)
Associação dos Críticos de Cinema de Toronto, Canadá
Prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira
Associação dos Críticos de Cinema de Washington DC
Prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira
Prêmios Étoiles d'Or, Paris, França
Étoile d'Or de Melhor Direção (Michael Haneke)
Étoile d'Or de Melhor Ator (Jean-Louis Trintignant)
Sinopse: Esta história poderia ocorrer em várias cidades. Um casal de velhos retira-se. Estão reclusos há anos. Não querem atender o telefone. Não querem receber visitas. Seja dos amigos, dos filhos, dos vizinhos. Não: esta é a palavra. Não têm muita disposição para a conversa. E estão cansados dos outros, deles mesmos, das ruas, das curas possíveis. Ela se chama Dorine. Há anos desenvolve uma doença degenerativa. Sem esperança, André, seu marido, acaba cuidando dela de uma forma bem diferente da recomendada pelos médicos.
Os dois estão exauridos. Não suportam mais tantos remédios e seus incontáveis efeitos colaterais. De maneira calculada, ele toma uma resolução: escreve uma última e poética carta. Para D., para ele mesmo, para os outros. Lacra a carta e coloca-a na porta da casa. Tranca a casa. Lado a lado, eles cerram os olhos. Essa poderia ser a história de Amor, último filme de Michael Haneke. Poderia, mas não é. Na verdade, é uma sinopse do livro “Carta a D.”, escrito pelo filósofo francês André Gorz, pouco antes de se matar ao lado de Dorine, sua esposa.
É uma história de amor, de um amor romântico, platônico, talvez, que tornou-se um best-seller mundial. Quem viu o filme sabe das semelhanças entre os dois enredos. Haneke, no entanto, não retrata um amor romântico. Marcadamente pessimista, como toda obra do diretor austríaco, esse filme não vê no amor um sentimento de transcendência, etérea ou eterna, que aponta para um passado mítico ou um futuro redentor. Em Haneke, as flores do amor são cortadas rente ao caule. Tal, no cinema, como um corte seco.
Por que, então, Amor logo no título? Além de encarar a morte frente a frente, Amor é um filme sobre o corpo e a matéria que nos coliga ao mundo. Contudo, Haneke filma corpos velhos, falhos, numa lenta decomposição, numa corrosão que carcome os poros da pele pelos cantos, por todos os lados daquele apartamento. Ainda que degenerativa, a doença de Anne, interpretada por Emmanuelle Riva, representa dramaticamente esse lapso do corpo. Anne parece desconectada do mundo. Na cena em que emergem os seus sintomas, ela entra num transe que não é místico, mas nulo, que não leva a lugar algum.
E, mesmo com o personagem ausente, fora de si, a matéria não deixa de pulsar, como realça o sutil som ambiente dessa seqüencia, quando ouvimos a água da pia contínua e indiferente a esses sofrimentos demasiadamente humanos. Haneke filma o cotidiano dessa decomposição do corpo. Como se Anne, agora, estivesse no momento oposto ao vivido pelo virtuoso pianista que a visita e que, antes, fora seu aluno.
Trêmulas e hesitantes, suas mãos não conseguem, não se aproximam do piano, não flertam mais com o sublime despertado pela música. Por isso, ela opta pelo silêncio. Haneke filma esse desmembramento da matéria de uma maneira fragmentada. Como recortes precisos, o cotidiano surge regrado, cheio de códigos, e tenta, em vão, suavizar os padecimentos fúnebres. Em instante algum temos idéia dos intervalos desenlaçados entre os dias, dentro de um único dia. É como no relógio sem ponteiros que desponta num dos filmes de Bergman.
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Elenco: