ERA UMA VEZ O CINEMA


A Última Noite de Boris Grushenko (1975)

cover A Última Noite de Boris Grushenko

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País: USA, 85 minutos

Titulo Original: Love and Death

Diretor(s): Woody Allen

Gênero(s): Comédia, Guerra

Legendas: Português,Inglês, Espanhol

Tipo de Mídia: Cópia Digital

Tela: 16:9 Widescreen

Resolução: 1280 x 720, 1920 x 1080

Avaliação (IMDb):
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7.7/10 (33698 votos)
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PRÊMIOS star star star star star

Berlin International Film Festival 1975

Sinopse: O filme é todo ele uma homenagem aos dois gênios da literatura russa. Uma homenagem à la Woody Allen, é claro, que mais parece uma imensa gozação sobre os temas dos dois escritores, simplesmente os temas básicos, mais fundamentais, das grandes obras de arte – o sentido do vida, os questionamentos sobre a existência ou não de Deus, o quem sou, onde estou, para onde vou.

De Os Irmãos Karamázovi Woody Allen tirou, além do nome de seu protagonista, toda a base da discussão do livro: se Deus não existe, então tudo é permitido. Bóris e sua amada Sonja (uma Diane Keaton de beleza absolutamente fulgurante, aos 29 anos) discutem longa, profusamente sobre isso, ao longo de todo o filme.

De Guerra e Paz, o cineasta tirou, além da paráfrase do título original de seu filme, o contexto histórico, a época em que a ação se passa – a Rússia imperial do início do século XIX, a invasão da Rússia pelos exércitos de Napoleão. Às vezes o personagem de Bóris Grushenko faz lembrar o conde Piotr Bezukov do romance de Tosltói, com suas dúvidas existenciais, metafísicas – e também sua intenção de assassinar o ditador francês durante sua estadia em Moscou.

No livro, o conde Bezukov não se alista no exército do imperador para lutar contra as tropas de Napoleão, mas, por curiosidade, para tentar compreender melhor os fatos, irá ao front de batalha, presenciará os sangrentos combates que deixaram dezenas de milhares de mortos.

No filme, Bóris Grushenko não quer, de maneira alguma, se alistar no exército – por puro medo, covardia. Mas é forçado, impelido pela família, e então vai à luta. As trapalhadas do aprendiz de soldado interpretado por Allen são de morrer de rir.

Nas cenas de batalhas, o cineasta demonstra sua genialidade. São seqüências de uma fantástica beleza visual; Allen pôde usar centenas de extras para aquelas sequências, e as tomadas gerais, mostrando as multidões de soldados, são impressionantemente bem realizadas.

(Como ele conseguiu pagar tantos figurantes em uma produção que custou apenas US$ 3 milhões – uma ninharia para um filme americano – é um desses mistérios de que a vida é cheia. Mas talvez o fato de que parte do filme foi realizada na então comunista e pobre Hungria ajude a explicar o fenômeno.)

Além de tudo, ele ainda teve a sacada de gênio de mostrar a guerra como se fosse uma disputa esportiva, um jogo de futebol americano, com cheerleaders pulando, dançando, e um vendedor de sanduíches trabalhando no meio do campo de batalha.

 

Elenco: