ERA UMA VEZ O CINEMA


Cavalgada (1933)

cover Cavalgada

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País: USA, 112 minutos

Titulo Original: Cavalcade

Diretor(s): Frank Lloyd

Gênero(s): Drama, Guerra, Romance

Legendas: Português,Inglês, Espanhol

Tipo de Mídia: Cópia Digital

Tela: 16:9 Widescreen

Resolução: 1280 x 720, 1920 x 1080

Avaliação (IMDb):
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5.8/10 (4420 votos)

DOWNLOAD DO FILME E LEGENDA

PRÊMIOS star star star star star

Oscar de Melhor Filme
Fox Film

Oscar de Melhor Diretor
Frank Lloyd

Oscar de Melhor Direção de Arte
William S. Darling

INDICAÇÕES star star star star star

Oscar de Melhor Atriz
Diana Wynyard

Sinopse: Baseado em uma peça de Noël Coward, a obra se inicia no Réveillon de 1899 e termina no Réveillon de 1932, na Inglaterra, país cujos principais eventos durante este período nos são narrados. Acompanhamos a Guerra do Bôeres, a morte da Rainha Vitória, a cerimônia de coroação do rei Eduardo VII, o naufrágio do Titanic e a 1ª Guerra Mundial.

Em cada um desses eventos (à exceção da cerimônia de coroação de Eduardo VII, que é curta e totalmente descartável, uma vez que só vemos a chegada dos convidados ao palácio) existem bons momentos e algo a se aproveitar da película. Todavia, o roteiro é preenchido com nuances melodramáticas fáceis e intragáveis que a prejudicam bastante. Em dado momento, o roteiro chega a tal ponto que temos o seguinte diálogo em uma cena:

E aí o espectador olha incrédulo para a tela, chacoalha a cabeça para ver se ouviu direito, volta o DVD um pouco e percebe que é exatamente isso isso que a personagem fala. Pois muito bem, é nessa trilha de linhas bizarras que algumas cenas são construídas. O que salva esses momentos é o caráter histórico, o contexto pacifista (representado pela matriarca da família) e alguns momentos de humor e ternura entre os personagens. Se analisarmos bem, o filme é completamente medíocre, no sentido original da palavra.

Por um lado, é difícil chegarmos a uma conclusão sobre obras organizadas dessa maneira. Muitos pontos positivos intercalados de horrendos pontos negativos confundem o espectador, que, ao final, não consegue odiar completamente a obra mas também não está muito contente com ela e, à parte o roteiro, o setor que melhor representa isso no longa é a montagem.

A rigor, o trabalho de Margaret Clancey na edição só começa a funcionar da metade para o final do longa. Sua sobreposição de takes durante os anos da Primeira Guerra e o cruzamento de más notícias no período entre-guerras são realmente muito bons, embora não haja modulação de tempo — algumas coisas duram tempo demais e outras tempo de menos –. Ao final, essa repetição do modelo utilizado no período da grande guerra se salva de ser apenas uma repetição porque é mostrada de forma mais dinâmica.

O filme termina tecnicamente bem e com uma mensagem de esperança, valor à pátria e declaração de saudade pelos que partiram lutando pelo país, para que a paz se fizesse — a criação da Liga das Nações é aludida — e todos fossem felizes (o meu discurso aqui foi propositalmente moldado à semelhança da baboseira patriotista a fim de destacar a mensagem final da obra).

O espectador certamente irá se divertir em alguns momentos e se espantar em outros. O teor familiar e o caráter narrativo de saga que encontramos no roteiro, embora mal escrito, funciona em seu serviço de aproximação com o espectador.

 

Elenco: