Cleopatra (1963)
País: Switzerland, 192 minutos
Titulo Original: Cleopatra
Diretor(s): Joseph L. Mankiewicz
Gênero(s): Biografia, Drama, História, Romance
Legendas: Português,Inglês, Espanhol
Tipo de Mídia: Cópia Digital
Tela: 16:9 Widescreen
Resolução: 1280 x 720, 1920 x 1080
DOWNLOAD DO FILME E LEGENDA
PRÊMIOS
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Fotografia a Cores (Leon Shamroy)
Oscar de Melhor Direção de Arte - Decoração de Cenários (John DeCuir, Ray Moyer, Paul S. Fox, Boris Juraga, Jack Martin Smith, Hilyard M. Brown e outros)
Oscar de Melhor Figurino (Irene Sharaff, Renié, Vittorio Nino Novarese)
Oscar de Melhores Efeitos Visuais (Emil Kosa Jr.)
Prêmios Laurel, USA
Prêmio Laurel de Ouro de Melhor Road-Show
National Board of Review, USA
Prêmio NBR de Melhor Ator (Rex Harrison)
INDICAÇÕES
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Ator (Rex Harrison)
Oscar de Melhores Efeitos Sonoros (James Corcoran, Fred Hynes)
Oscar de Melhor Filme (Walter Wanger )
Oscar de Melhor Edição (Dorothy Spencer )
Oscar de Melhor Trilha Sonora (Alex North)
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Filme - Drama
Prêmio de Melhor Direção (Joseph L. Mankiewicz)
Prêmio de Melhor Ator em um Drama (Rex Harrison)
Prêmio de Melhor Ator Coadjuvante (Roddy McDowall)
Prêmios Grammy, EUA
Grammy de Melhor Trilha Sonora (Alex North)
Prêmios Laurel, USA
Prêmio Laurel de Ouro de Melhor Ator em um Drama (Rex Harrison)
Editores do Cinema Americano, USA
Prêmio Eddie de Melhor Edição de um Longa Metragem (Dorothy Spencer)
Sinopse:Com a vitória sobre Pompeu em 48 a.C., Júlio César (Rex Harrison) viaja para pacificar as conquistas romanas, deparando com Cleópatra (Elizabeth Taylor), a carismática rainha do Egipto. Conquistando-a e sendo conquistado por ela, César alimenta o sonho de ser um novo Alexandre, dando-lhe mesmo um filho. Só que em Roma a oposição cresce, e César é assassinado em 44 a.C. Mortos os assassinos, as províncias romanas são divididas, e o Egipto cabe agora a Marco António (Richard Burton), antigo braço direito de César. Mais uma vez, um general romano é conquistado pela beleza e carisma de Celópatra que tenta que António dê seguimento ao sonho de César. Só que isso coloca-o em rota de colisão com as tropas de Roma comandadas por Octávio (Roddy McDowall) o sobrinho-neto e herdeiro de César.
“Cleópatra” traz-nos a segunda metade do século I a.C., período da história de Roma em que Júlio César (Rex Harrison) primeiro, e Marco António (Richard Burton) depois, entraram em contacto com a rainha do Egipto (Elizabeth Taylor), se deixaram seduzir por ela, e passaram a ter a sua vida posterior (e com ela a história de Roma) influenciada pelos desígnios e interacção com a bela Cleópatra.
O filme inicia-se com a vitória de César na guerra civil sobre Pompeu (Batalha de Farsalo, em 48 a.C), e a sua chegada a Alexandria, para pôr termo a uma disputa entre os dois irmãos que partilham o trono. Aí, decide que Cleópatra deve reinar sozinha, para o que César aceita lutar contra as tropas do jovem Ptolomeu XIII (Richard O’Sullivan) que representa um Egipto mais tradicional. César permanece algum tempo em Alexandria, vivendo uma relação amorosa com Cleópatra, que o fascina tanto quanto dela desconfia. O resultado é um filho, Cesárion, cujo nascimento causa mal-estar em Roma.
Em Roma, César (entretanto ditador vitalício) vê as suas posições defendidas pelo seu protegido Marco António, quando no senado se teme que César esteja a sucumbir aos modos orientais e queira vir a transformar Roma numa decadente monaquia. A oposição cresce em termina no assassinato de César em Março de 44 a.C., e a consequente guerra para punir os assassinos Bruto (Kenneth Haigh) e Cássio (John Hoyt). Finda a perseguição, forma-se novo triunvirato, com Octávio (Roddy McDowall), sobrinho-neto e filho adoptivo de César, a ficar com Roma e a Europa Ocidental, Lépido com África, e Marco António com o Oriente, incluindo, claro, o Egipto.
Tal como acontecera com César, Marco António vai ser seduzido por Cleópatra que, no entanto, não vê nele a grandeza de César, que era o seu veículo para a construção do sonho de Alexandre o Grande, uma nação, uma língua, num mundo pacificado e sem guerras. Sempre impelido por Cleópatra, Marco António vai desafiar Roma, entrando em colisão com Octávio. O confronto bélico dá-se na derrota monumental da batalha naval de Ácio (31 a.C.), que leva à fuga de Cleópatra e à quase morte de Marco António.
Regressado a Alexandria, Marco António não consegue perdoar Cleópatra, por o ter abandonado, por o ter sempre pressionado, e por não acreditar nele como estando à altura de César e Alexandre. É neste clima de acusações e dor que as tropas romanas chegam, e as de António o abandonam. Tanto a rainha como o triúnviro se suicidam em 30 a.C., para evitar uma última humilhação pública.
Sem dúvida com muita matéria para explorar, o filme de Mankiewicz fica sempre preso numa dúvida. Ser um épico de batalhas grandiosas, ou um drama de diálogos palacianos ao estilo de Shakespeare. Embora, seguramente, a produtora apontasse o primeiro caminho, Mankiewciz, dada a sua carreira de argumentista e criador de elaborados confrontos verbais e sentimentais, puxou sempre para a segunda vertente. É verdade que “Cleópatra” tem um pouco de tudo (como não, num filme tão extenso?), num filme que são quase dois.
Com sequências elaboradas, quer de batalhas, desfiles (como e entrada de Cleópatra em Roma) e cenários inesquecíveis, o filme fica, ainda assim, na memória, pelos extensos confrontos de Elizabeth Taylor, quer com Rex Harrisson, quer, principalmente com Richard Burton.
Se o confronto de César e Cleópatra surge como algo fresco, de duas mentes que se testam e digladiam quase pelo prazer de conquistar e descobrir o outro (a entrada de Cleópatra, embrulhada num tapete é de antologia), já a interacção entre Cleópatra e Marco António aparece como algo decadente, votado ao infortúnio, como o mostram todos os diálogos entre ambos. Cleópatra começa por parecer frágil aos olhos de António, após o assassinato de César. Torna-se depois orgulhosa, no modo como o vai trazendo de volta, com jogos diplomáticos, como a viagem a Tarso, em que o recebe «no Egipto», isto é no seu barco. Vai finalmente manipulá-lo, e com isso conseguir tanto a sua submissão como o seu desprezo, numa relação que parece tanto de amor como de ódio, tanto de respeito como de medo. Já com mais amargura que amor, os últimos dias do casal são pesados, com cada um a ver no outro razões para frustração e desgosto.
Elenco: