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ERA UMA VEZ O CINEMA


Nunca te Vi, Sempre te Amei (1987)

cover Nunca te Vi, Sempre te Amei

link to Nunca te Vi, Sempre te Amei on IMDb

País: Inglaterra, 100 minutos

Titulo Original: 84 Charing Cross Road

Diretor(s): David Hugh Jones

Gênero(s): Biografia, Drama, Romance

Legendas: Português,Inglês, Espanhol

Tipo de Mídia: Cópia Digital

Tela: 16:9 Widescreen

Resolução: 1280 x 720, 1920 x 1080

Avaliação (IMDb):
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7.4/10 (7350 votos)

DOWNLOAD DO FILME E LEGENDA

PRÊMIOS star star star star star

Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra

Prêmio de Melhor Atriz (Anne Bancroft)

Festival Internacional de Cinema de Moscou, Rússia

Prêmio de Melhor Ator (Anthony Hopkins)

INDICAÇÕES star star star star star

Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra

Prêmio de Melhor Roteiro Adaptado (Hugh Whitemore )

Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante (Judi Dench)

Festival Internacional de Cinema de Moscou, Rússia

Prêmio de Ouro (David Hugh Jones)

Sinopse: Nunca te Vi, Sempre te Amei se baseia numa história real. Um dos dois protagonistas da história, Helene Hanff (1916-1997), escreveu um livro de memórias, que deu origem a uma peça de teatro, assinada por James Roose-Evans, a uma adaptação para a TV e, em 1987, a este filme, cujo roteiro foi escrito por Hugh Whitemore. O filme foi dirigido pelo inglês David Jones (1934-2008). A história real relatada por Helene Hanff não tem, a rigor, nada, nada de especial. A rigor, a rigor, é um fiapinho de história: jovem escritora de Nova York apaixonada por livros e por literatura inglesa descobre que uma livraria de Londres tem as obras que procura, e passa a se corresponder com um dos funcionários.

A ação do filme se espalha por cerca de 20 anos – começa em 1949, e vai até o final da década de 60. Anne Bancroft aparece como se fosse desde jovem até bem madura, e está extraordinária em todas as fases. Quando ela se vira para a câmara e fala para ela – e portanto para o espectador –, mas na verdade está se dirigindo ao homem que ela nunca viu, mas de alguma forma sempre amou, essa atriz esplêndida é capaz de arrancar lágrimas de frades de pedra.


Ao rever o filme agora, vi no Frank Doel de Anthony Hopkins vários gestos do doutor Hannibal Lecter de O Silêncio dos Inocentes, e também do perfeito mordomo James Stevens de Vestígios do Dia, e também do ricaço Henry J. Wilcox, de Retorno a Howards End. Anthony Hopkins é daquele tipo de ator que é sempre ele mesmo – seja fazendo um assassino, um mordomo, um ricaço, um funcionário de livraria da Charing Cross Road. Mas o fantástico é que, na sua extraordinária representação de si mesmo, ele consegue nos dar boas atuações. E está absolutamente perfeito, soberbo, como o inglês sério, sisudo, convencional, cinzento, como eram os ingleses na imaginação das jovens intelectuais americanas em 1949. E não há como não amar aquela figura tão British, tão imaculadamente British, que se encanta com a compradora compulsiva de livros do outro lado do Atlântico.

A força, a extraordinária beleza de Nunca te Vi vem da importância, da simpatia, dos personagens. Das intepretações. Do texto. Da paixão e da delicadeza com que tudo é feito e mostrado.Quando a esposa de Frank Doel, interpretada por nada menos que Judi Dench, escreve de volta a Helene Hanff, e confessa a ela que no passado havia sentido ciúme, Nunca te Vi, Sempre te Amei, alcança os píncaros a que só atingem as obras-primas.

Como os grandes amigos, como os filmes de fato especiais, 84 Charing Cross Road é uma obra que quem vê guarda no coração.

 

Elenco: