O Homem Que Não Vendeu Sua Alma (1966)
País: Inglaterra, 120 minutos
Titulo Original: A Man for All Seasons
Diretor(s): Fred Zinnemann
Gênero(s): Biografia, Drama, História
Legendas: Português,Inglês, Espanhol
Tipo de Mídia: Cópia Digital
Tela: 16:9 Widescreen
Resolução: 1280 x 720, 1920 x 1080
DOWNLOAD DO FILME E LEGENDA
PRÊMIOS
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Filme (Fred Zinnemann)
Oscar de Melhor Direção (Fred Zinnemann)
Oscar de Melhor Fotografia (Ted Moore )
Oscar de Melhor Figurino
Oscar de Melhor Ator (Paul Scofield)
Oscar de Melhor Roteiro Adaptado
Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
Prêmio de Melhor Filme (Fred Zinnemann)
Prêmio de Melhor Filme Britânico (Fred Zinnemann)
Prêmio de Melhor Roteiro Adaptado
Prêmio de Melhor Fotografia Britânica
Prêmio de Melhor Figurino Britânico
Prêmio de Melhor Direção de Arte Britânica
Prêmio de Melhor Ator Britânico (Paul Scofield)
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Filme - Drama
Prêmio de Melhor Direção (Fred Zinnemann)
Prêmio de Melhor Ator em um Drama (Paul Scofield)
Prêmio de Melhor Roteiro
Festival Internacional de Cinema de Moscou, Rússia
Menção Especial (Fred Zinnemann)
Prêmio de Melhor Ator (Paul Scofield)
Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York, EUA
Prêmio de Melhor Filme
Prêmio de Melhor Roteiro (Robert Bolt )
Prêmio de Melhor Direção (Fred Zinnemann)
Prêmio de Melhor Ator (Paul Scofield)
Grêmio dos Diretores da América
Prêmio por Direção Excepcional (Fred Zinnemann)
Círculo dos Críticos de Cinema de Kansas City, USA
Prêmio de Melhor Ator (Paul Scofield)
Prêmio de Melhor Ator Coadjuvante (Robert Shaw)
Grêmio dos Roteiristas da Grã Bretanha
Prêmio de Melhor Roteiro Britânico (Robert Bolt)
Sinopse: O chanceler da Inglaterra, Cardeal Thomas Wolsey, não é bem sucedido em sua tentativa de conseguir a anulação do casamento do Rei Henrique VIII com Catarina de Aragão, sendo forçado a se demitir em 1529. Sir Thomas More é, então, nomeado chanceler em seu lugar.
Embora extremamente respeitado pelo Rei, a quem já havia servido em diversos outros cargos importantes, tendo inclusive por diversas vezes sido Embaixador da Inglaterra, a devoção de More para com a Igreja e sua integridade em relação a seus princípios morais, fazem com que ele termine entrando em rota de colisão com Henrique VIII, o que ocorre exatamente por conta do desejo do rei de se divorciar de Catarina, que não conseguira lhe dar um herdeiro, para que pudesse se casar com Ana Bolena. More via na anulação do sacramento do casamento uma matéria da jurisdição do papado, e a posição do Papa Clemente VII era claramente contra o divórcio em razão da doutrina sobre a indissolubilidade do matrimônio.
Não conseguindo o seu tão desejado divórcio, Henrique VIII faz com que o Parlamento lhe conceda o Título de Soberano Político e Espiritual da Inglaterra. Os Bispos, reunidos, concordam com o ato do Parlamento que o torna Chefe da Igreja Anglicana. Por outro lado, More deixa seu posto na esperança de poder viver uma tranqüila aposentadoria.
Embora More não expresse sua opinião sobre as ações do rei, seu silêncio é tido como uma censura pessoal. Assim, estimulado por seus ambiciosos conselheiros, principalmente Thomas Cromwell, Henrique VIII exige que More faça um juramento reconhecendo-o como Chefe da Igreja e do Estado. Quando ele se nega a fazê-lo, é aprisionado na Torre de Londres. Não satisfeitos, Cromwell e seu oportunista assessor, Richard Rich, fazem falsas acusações contra More, sendo este indiciado por crime de alta traição. Quando do seu julgamento, que o considera culpado, ele confessa livremente a sua convicção de que as ações do rei são repugnantes à lei de Deus. Em paz, ele enfrenta a morte ao ser decapitado na Torre de Londres em 06 de julho de 1535.
A direção de Fred Zinnemann garante que este seja uma das grandes adaptações do teatro para o cinema da história do cinema, ao lado de filmes como “Desencanto” e do já citado “Gata em Teto de Zinco Quente”. O diretor soube, assim como outros diretores o fizeram nesses outros filmes, manter os textos inteligentes e transportá-los ao mundo do cinema sem nunca deixar de soar minimamente interessante. Bem pelo contrário, ele aproveitou as vantagens da “mídia” cinema e melhorou um texto feito para o teatro, ao lado do roteirista Robert Bold, criando também locações belíssimas para o filme, como o próximo parágrafo discute.
A fotografia é magnífica. Um colorido intenso mostra de forma graciosa o luxo dos ricos em contraste com as cores mortas das residências dos pobres. A recriação de época também ficou excepcionalmente bem cuidada, tentando duplicar, o quanto fosse possível, os acontecimentos da vida real, pelo menos até onde estes eram conhecidos. O Cardeal Wolsey, personagem de Orson Welles, utilizou o mesmo selo oficial do verdadeiro Wolsey, por exemplo. Detalhes como esse último engrandecem o todo e, mesmo que passem de forma transparente para o público maior, inconscientemente fazem a diferença, pelo menos para o espectador que enxerga o cinema como uma forma de arte.
Este é um desses raros filmes que fluem com perfeição, ou seja, não aparentam ter diálogos ou acontecimentos fora de sintonia. E o que nos é apresentado, tem força e vigor, além de qualidade suprema, ajudado pelo fato de seu personagem principal ser uma figura real, o que configura ele como um exemplo de vida palpável. Por tudo isso, merece a nota máxima. Fred Zinnemann, que já havia chegado perto da perfeição com o faroeste “Matar ou Morrer”, cravou seu lugar na história como um dos grandes diretores de duas das principais décadas da história do cinema.
Elenco: