ERA UMA VEZ O CINEMA


O Piano (1993)

cover O  Piano

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País: Nova Zelândia, 121 minutos

Título Original: The Piano

Diretor(s): Jane Campion

Gênero(s): Drama, Música, Romance

Legendas: Português,Inglês, Espanhol

Tipo de Mídia: Cópia Digital

Tela: 16:9 Widescreen

Resolução: 1280 x 720, 1920 x 1080

Avaliação (IMDb):
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7.6/10 (74100 votos)

DOWNLOAD DO FILME E LEGENDA

PRÊMIOS star star star star star

Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA

Oscar de Melhor Atriz (Holly Hunter)

Oscar de Melhor Roteiro Original (Jane Campion )

Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Anna Paquin)

Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra

Prêmio de Melhor Atriz (Holly Hunter)

Prêmio de Melhor Figurino (Janet Patterson)

Prêmio de Melhor Design de Produção (Andrew McAlpine )

Círculo de Críticos de Cinema de Londres, Inglaterra

Prêmio Filme do Ano

Prêmio Atriz do Ano (Holly Hunter)

Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles, EUA

Prêmio de Melhor Direção (Jane Campion)

Prêmio de Melhor Roteiro (Jane Campion)

Prêmio de Melhor Fotografia (Stuart Dryburgh )

Prêmio de Melhor Atriz (Holly Hunter)

Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante (Anna Paquin)

Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York, EUA

Prêmio de Melhor Atriz (Holly Hunter)

Prêmio de Melhor Direção (Jane Campion)

Prêmio de Melhor Roteiro (Jane Campion)

Festival Internacional de Cannes, França

Prêmio Palma de Ouro (Jane Campion)

Prêmio de Melhor Atriz (Holly Hunter)

Festival Robert de Copenhague, Dinamarca

Robert de Melhor Filme Estrangeiro (Jane Campion)

Prêmios Globo de Ouro, EUA

Prêmio de Melhor Atriz em um Drama (Holly Hunter)

Instituto Australiano de Cinema

Prêmio de Melhor Filme (Jan Chapman )

Prêmio de Melhor Direção (Jane Campion)

Prêmio de Melhor Som (Lee Smith, Tony Johnson, Gethin Creagh, Peter Townend, Annabelle Sheehan)

Prêmio de Melhor Design de Produção (Andrew McAlpine )

Prêmio de Melhor Figurino (Janet Patterson)

Prêmio de Melhor Edição (Veronika Jenet)

Prêmio de Melhor Roteiro Original (Jane Campion)

Prêmio de Melhor Fotografia (Stuart Dryburgh)

Prêmio de Melhor Trilha Sonora Original (Michael Nyman )

Prêmio de Melhor Ator (Harvey Keitel)

Prêmio de Melhor Atriz (Holly Hunter)

Prêmios Bodil - Copenhague, Dinamarca

Bodil de Melhor Filme Não Americano (Jane Campion)

Prêmios César - Academia das Artes do Cinema, França

César de Melhor Filme Estrangeiro (Jane Campion)

Associação dos Críticos de Cinema da Argentina

Condor de Prata de Melhor Filme Estrangeiro (Jane Campion)

Sociedade dos Críticos de Cinema de Boston

Prêmio de Melhor Atriz (Holly Hunter)

Associação dos Críticos de Cinema de Chicago

Prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira

Prêmio de Melhor Atriz (Holly Hunter)

Prêmio de Melhor Trilha Sonora (Michael Nyman )

Círculo de Críticos de Cinema da Austrália

Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante (Anna Paquin)

Prêmio de Melhor Direção (Jane Campion)

Prêmio de Melhor Roteiro (Jane Campion )

Prêmio de Melhor Trilha Sonora (Michael Nyman)

Prêmios Guldbagge, Suécia

Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro

Sociedade Nacional dos Críticos de Cinema dos Estados Unidos

Prêmio de Melhor Atriz (Holly Hunter)

Prêmio de Melhor Roteiro (Jane Campion)

Festival de Cinema do SESC, Brasil

Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro (Jane Campion)

Festival Internacional de Vancouver, Canadá

Prêmio do Filme Mais Popular (Jane Campion)

Grêmio dos Roteiristas da América

Prêmio de Melhor Roteiro escrito diretamente para o cinema (Jane Campion)

Sinopse: O Piano é um dos filmes mais marcantes dos anos 90, já podendo ser considerado um clássico moderno. Conta a história de Ada, uma mulher emudecida por um trauma de infância que é dada em casamento a um homem na Nova Zelândia. Tendo que se mudar com a filha pequena para uma terra desconhecida, levando seus pertences e um piano, mais do que um objeto para ela, era sua voz e parte de sua alma. O problema é que o marido deixa o instrumento musical na praia e depois o vende para o explorador Baines, que tem uma proposta para a moça.
Talvez uma das questões que mais instiga no roteiro escrito pela própria Campion é essa relação controversa entre Ada e Baines. Diferente do marido e mesmo da filha, que muitas vezes é a voz da mãe, o homem consegue compreender a alma da pianista que fala através das teclas de seu instrumento musical. Ele se encanta por sua música, em uma cena belíssima na praia, quando ela toca com ele ainda coberto pelo caixote que o trouxe, criando diversos significados imagéticos do cenário aberto e o instrumento preso, tal qual como Ada se sente ali, naquela terra, sufocada mesmo ao ar livre.

As aulas de piano, ainda que tenha o jogo de sedução e submissão a partir do preço dado por Baines para que Ada retome seu piano, vão se constituindo em uma abertura gradual daquela mulher que sempre foi tão oprimida pela sociedade, pela família, pelas regras que lhe foram impostas. A câmera de Campion passeia por aquele quarto, ao som do piano de uma maneira extremamente sensível, nos passando a exata sensação de desconforto que vai se diluindo em uma cumplicidade que acaba por emocionar ao presenciar o encontro dessas duas almas.

As atuações são um destaque da obra, a começar pela pequena Anna Paquin que consegue passar verdade em suas cenas. Uma criança em uma situação tão adversa que constrói sua própria confusão emocional entre mãe, padrasto e aquele homem, que parece intruso. Holly Hunter, sem dar uma única palavra em cena, apenas em voz over, consegue nos passar toda a angústia de sua personagem em olhares e gestos. A maneira com que toca o piano também é especial, podemos captar que ali não são apenas dedilhares decorados de notas, mas uma expressão genuína que nos passa emoções diversas.

A trilha sonora também é extremamente importante nesse processo de construção de efeito, já que Ada não toca qualquer música. Michael Nyman constrói um jogo sonoro entre músicas extradiegéticas (que não pertencem à narrativa) e as melodias tocadas por Ada em cena, construindo etapas da narrativa entre a sensação medo do desconhecido, aprisionamento, o pacto secreto, a paixão e a resolução.

O clímax com a cena no mar é talvez a síntese de tudo o que O Piano representa em sons, imagens, narrativa e simbologia. A dificuldade de Ada, a insistência dos homens que a cercam em acharem que sabem o que é melhor para ela, a decisão, a consequência, a redecisão e resolução. Está tudo ali em menos de cinco minutos construídos com planos extremamente bem cuidados que nos passam a relação dela com o piano, suas emoções e nos fazem mergulhar com ela naquelas emoções.

Por tudo isso, O Piano é daqueles filmes que marcam a história do cinema. Não apenas por ser uma inspiração para todas as mulheres, mas por ser, de fato, uma aula de cinema. Um filme bem cuidado em todos os aspectos técnicos, que conseguem passar suas diversas emoções e sensações através de imagens e sons.

 

Elenco: