ERA UMA VEZ O CINEMA


Operação França (1971)

cover Operação França

link to Operação França on IMDb

País: USA, 104 minutos

Titulo Original: The French Connection

Diretor(s): William Friedkin

Gênero(s): Ação, Crime, Drama, Suspense

Legendas: Português,Inglês, Espanhol

Tipo de Mídia: Cópia Digital

Tela: 16:9 Widescreen

Resolução: 1280 x 720, 1920 x 1080

Avaliação (IMDb):
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7.7/10 (106736 votos)

DOWNLOAD DO FILME E LEGENDA

PRÊMIOS star star star star star

Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA

Oscar de Melhor Filme (Philip D'Antoni)

Oscar de Melhor Ator (Gene Hackman)

Oscar de Melhor Direção (William Friedkin)

Oscar de Melhor Roteiro Adaptado (Ernest Tidyman)

Oscar de Melhor Edição (Gerald B. Greenberg)

Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra

Prêmio de Melhor Ator (Gene Hackman)

Prêmio de Melhor Edição (Gerald B. Greenberg)

Prêmios David di Donatello, Itália

David de Melhor Filme Estrangeiro (Philip D'Antoni)

Prêmios Globo de Ouro, EUA

Prêmio de Melhor Filme - Drama

Prêmio de Melhor Direção (William Friedkin)

Prêmio de Melhor Ator em um Drama (Gene Hackman)

Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York, EUA

Prêmio de Melhor Ator (Gene Hackman)

Grêmio dos Diretores da América

Prêmio por Direção Excepcional (William Friedkin)

Círculo dos Críticos de Cinema de Kansas City, USA

Prêmio de Melhor Filme

Prêmio de Melhor Filme (Gene Hackman)

Grêmio dos Roteiristas da América

Prêmio de Melhor Drama adaptado de material previamente publicado (Ernest Tidyman)

Prêmios Edgar Allan Poe

Prêmio de Melhor Filme (Ernest Tidyman)

Sinopse: Dirigido por William Friedkin, “Operação França” é um thriller de perseguição policial extremamente empolgante e realista, que conta ainda com pelo menos duas excepcionais cenas de tirar o fôlego. Com boas atuações de Gene Hackman e Roy Scheider, e contando ainda com um talentoso elenco de apoio, o longa consegue equilibrar-se entre o cinema comercial, que busca a boa recepção do publico e o alto faturamento nas bilheterias, e o cinema “de autor” da nova Hollywood, evitando abordar a narrativa de maneira convencional, ao mostrar os aspectos positivos e negativos de seu “herói”.

Os detetives Popeye (Gene Hackman) e Cloudy (Roy Scheider) investigam o comerciante Sal (Tony Lo Bianco), que anda gastando muito mais do que aparentemente recebe, dando claros indícios de sua participação numa rede internacional de tráfico de drogas. As investigações levam ao francês Alain Charnier (Fernando Rey), cérebro da operação, que auxiliado pelo astro de cinema Henri Devereaux (Frédéric de Pasquale) e pelo assassino profissional Pierre Nicoli (Marcel Bozzuffi), organiza uma venda milionária de heroína em terras norte-americanas.

Escrito por Ernest Tidyman, baseado em livro de Robin Moore, “Operação França” apresenta uma narrativa dividida em duas linhas principais: a investigação policial conduzida por Popeye e Cloudy e o andamento da operação planejada por Charnier.

Desta forma, o espectador não precisa tentar desvendar quem são as pessoas envolvidas naquela operação, focando seus esforços somente em acompanhar o desenrolar da investigação e tentando imaginar como aqueles detetives poderiam surpreender os traficantes. Estas duas linhas narrativas se alternam num ritmo empolgante, graças à excepcional montagem de Gerald B. Greenberg, que tem participação crucial também nas frenéticas perseguições pelas ruas, que se estabelecem como os melhores momentos do longa.

Sempre adotando um clima de urgência e um estilo quase documental, reforçado pela fotografia crua e granulada de Owen Roizman, o diretor William Friedkin deixa claro com menos de cinco minutos de projeção que prezará pelo realismo, ao apresentar um assassinato à queima roupa, sem desviar a câmera do sangrento resultado. Em seguida, os detetives Popeye e Cloudy perseguem um homem pelas ruas de Nova York, e Friedkin acompanha a dupla com a câmera na mão, trêmula, conferindo um ar documental à cena, o que se tornaria a marca registrada do filme dali em diante.

O diretor utiliza ainda o zoom com certa freqüência, buscando ressaltar a posição estratégica dos personagens em algumas cenas, como quando vemos os traficantes num restaurante e a câmera vai buscar Popeye, lá fora, esperando pelo fim do jantar. Em outro momento, a câmera acompanha o carro de Devereaux saindo do porto e o zoom out revela os traficantes acompanhando de longe o andamento da operação.

Finalmente, Friedkin aproveita a beleza do mar azul de Marselha para criar raros e belos planos, que contrastam diretamente com a crueza das filmagens nas cidades norte-americanas, além de conduzir com perfeição todas as cenas de perseguição e criar planos emblemáticos, como aquele em que Popeye e Sal se olham através do vidro da loja de perfumes, revelando a irônica situação dos detetives, que por diversas vezes estão muito próximos de seus alvos, mas por não ter provas concretas, nada podem fazer. Este paradoxo fica ainda mais evidente quando os detetives têm a chance de apreender a mercadoria no carro de Devereaux, mas preferem deixar a negociação rolar, justamente para poder pegar toda a operação em flagrante.

 

Elenco: