ERA UMA VEZ O CINEMA


Um Dia no Campo (1946)

cover Um Dia no Campo

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País: França, 40 minutos

Titulo Original: Partie de campagne

Diretor(s): Jean Renoir

Gênero(s): Curta, Comédia, Drama, Romance

Legendas: Português,Inglês, Espanhol

Tipo de Mídia: Cópia Digital

Tela: 16:9 Widescreen

Resolução: 1280 x 720, 1920 x 1080

Avaliação (IMDb):
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7.7/10 (5238 votos)

DOWNLOAD DO FILME E LEGENDA

Sinopse: Inacabada (o filme dura apenas quarenta minutos), Partie de campagne continua sendo um modelo de adaptação literária, além de uma obra-prima de liberdade e ousadia.
Podemos entender facilmente o que atraiu Renoir no romance de Maupassant: a sensualidade que transborda do ambiente sufocante da família, o primeiro despertar, graças à natureza, aos sentidos de uma jovem e, principalmente, do rio, carregando seres como engarrafamentos, de acordo com a corrente, com mais ou menos felicidade. Somente Renoir conseguiu expressar no cinema a mais alta idéia de naturalismo, lançando ao mundo um olhar sombrio, cruel, mas intransigente, antes de alcançar a serenidade da velhice trabalha com panteísmo alegre como Le Déjeuner sur l'herbe ,onde o erotismo é finalmente uma fonte de felicidade. 

A importância dada aos ambientes é quase comparável à dos personagens. Dois procedimentos contribuem para construir a relevância do espaço. Em primeiro lugar, Renoir muitas vezes escolhe localizar a câmera no meio da mata, de tal maneira que o enfoque dado aos atores concorre e coexiste com partes de galhos e folhas, sugerindo uma conciliação pacífica entre homem e flora, natureza e cultura. Além disso, o diretor, tal como em vários outros de seus filmes, promove inúmeros movimentos horizontais de câmera, destruindo a circunscrição espacial, ampliando os horizontes do visível- essa escolha técnica ajuda o espectador a se aperceber mais eficazmente dos ambientes que cercam os personagens.

A protagonista, Henriette (Sylvia Bataille), filha do senhor Dufour, é certamente quem mais sentiu o efeito renovador do campo. Encantada com a poesia profunda da natureza, ela também se apaixona por Henri (Georges D’Arnoux), homem melancólico, amoroso e nostálgico, igualmente atraído pelos encantos bucólicos do local. Tamanha é a diferença de índole entre Henri e Anatole (Paul Temps), o futuro marido de Henriette, um verdadeiro paspalhão tosco, que o espectador não pode evitar de lamentar sinceramente o triste desenlace do enredo, quando, após anos, Henriette volta ao campo, casada com Anatole e impossibilitada de viver seu verdadeiro amor por Henri.